segunda-feira, 23 de março de 2009

LEMBRANÇA DE AMOR

Olhei, absorta, as chamas da lareira crepitando....
Pensei em ti, e me lembrei da nossa última dança,
do último tango dançado em Paris,
na calçada em frente ao Moulin Rouge,
cortada pelo vento gélido...
Não sentíamos frio porque nossos corpos grudados
mexiam-se velozes ao som
dos acordes de Gardel.
Parecíamos que íamos alçar vôo
como os pássaros livres...
Mas não!
Queríamos ter, tão somente,
nas nossas lembranças,
este momento em que nossas almas flutuaram
mais altas que as nuvens
e pairaram, soberanas, sobre todos os mortais da terra,
mostrando que nosso amor
é inviolável e tecido com fios de ouro invisíveis.

Sueli Amdrade (Poetisa das Marés)

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